O primeiro amor a gente nunca esquece. Não esquecemos ou por
ter sido correspondida no seu sentimento, ou por ter sido rejeitada por ele.
Foto Lê Gomes |
Lembro do meu primeiro amor. Era um menino loiro, bonito,
mas nada inteligente. Ele era um amigo, mas quando da revelação de minha paixão
por ele, o mesmo passa a me ignorar e rompe a amizade por puro esnobismo.
Nossa! Como eu achei ridículo, e como mesmo assim continuei a gostar daquele
menino loiro, bonito, mas nada inteligente.
Sofri como todo primeiro amor adolescente sofre. Derramei
lágrimas e lágrimas, jurei nunca mais amar ninguém.
O tempo passou, mudamos de escola. Depois é claro tive
outras paixões, alguns também com o título de primeiro amor que depois vinha a
descobrir que não se tratava do amor verdadeiro. Mas, a melhor lembrança desse
primeiro amor veio alguns anos depois quando numa festa escolar vejo de longe
um menino loiro, bonito e que eu sabia não ser nada inteligente me olhando, me
paquerando insistentemente (nem sei se usa ainda este termo paquerando).
Naquela festa muitos bilhetes chegaram daquele garoto até
mim, muitos olhares e pedidos para conversar. Não acreditei. Era aquele meu
primeiro amor que me esnobou e no qual chorei muitas noites e ao som de músicas
melosas.
Deixei que se aproximasse e ele veio loiro, bonito, nada
inteligente e muito galanteador até mim. Apenas disse;
- Você não se lembra de mim?
- Nos conhecemos? Que sorte a minha – Ele falou.
- Nós estudamos juntos. Respondi.
A lembrança da cara de babaca, misturada com o que fazer
para enfiar a cara num buraco, é a melhor lembrança que tenho. O garoto loiro,
bonito e nada inteligente, já não era tão loiro, já não era tão bonito e
continuava nada inteligente.
Meninas saibam que sempre haverá primeiros amores, mas o
verdadeiro será aquele no qual seus olhos cruzarão com os dele e vocês saberão
que não será o primeiro, mas será o seu eterno amor, aquele que você irá querer
viver todos os momentos de sua vida ao seu lado.
Lê Gomes